sábado , 21 setembro 2024
Início Diversos Projetos para duas cidades. Luziânia e Valparaíso de Goiás
Diversos

Projetos para duas cidades. Luziânia e Valparaíso de Goiás

15

Pela primeira vez, a sabatina com os candidatos a prefeito das cidades da Região Metropolitana do Distrito Federal, que ocorreu no Jornal Local, entrevistou postulantes de dois municípios diferentes. Os jornalistas Lucas Móbille e Samanta Sallum conversaram, ontem, com Waltinho (PL), candidato à prefeitura de Luziânia, e Marcus Vinícius (MDB), que pleiteia a vaga em Valparaíso de Goiás. A sabatina é uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília.

Waltinho (PL)

Quem é, de onde veio e qual a sua relação com a política de Luziânia?
Sou cristão, casado e pai de seis filhos. Sou contabilista, veterinário, fui secretário de Agricultura e de Obras e vereador. Tenho o sonho de mudar Luziânia e quero fazer a diferença pela nossa cidade. Acho que é muito importante esse tempo. É a hora de mostrar o que precisamos e temos a oferecer pelo nosso município, que já foi referência para o Entorno e, atualmente, não é mais.

Luziânia é a 10ª cidade, em todo país, com mais estupros. Qual a sua proposta para tentar mudar essa realidade?
É importante colocar nesse dado que 70% dos casos ocorrem contra vulneráveis, que inclui menores. É preciso começar a trabalhar desde a escola, abrindo colégios e creches em tempo integral, para que os pais, ao saírem de casa, saibam onde estão seus filhos. Além disso, temos que preparar os professores para saberem se está acontecendo, dentro das famílias, algo nesse patamar e levar até o Conselho Tutelar. Uma parceria com a Polícia Militar é de extrema importância, fazendo um banco de horas para que mais policiais estejam nas ruas. Outra coisa importante é a limpeza e a iluminação pública. Quando a gente fala de mato alto e escuridão, falamos também sobre agressão contra a mulher.

Os professores da rede municipal entraram em greve em abril, pedindo reajuste e falando sobre a defasagem. O que eles podem esperar do seu governo?
Num primeiro momento, precisamos fazer um plano salarial, não para os professores, mas para o administrativo e todos os funcionários públicos de Luziânia. Há mais de 20 anos não são feitos concursos públicos. Hoje, temos uma média de 2,7 mil cargos comissionados e isso está tirando muita força do que a gente poderia estar investindo no servidor efetivo. Vamos valorizar os professores, com esse plano de cargo e salário. Queremos que eles entendam que, quanto mais preparados estiverem, mais serão remunerados.

Luiziânia é uma cidade que não conta nem com uma maternidade. Qual é a sua proposta para a área da saúde?
É o que mais mexe com o meu coração. Entrei como candidato por causa da saúde. Além do que foi mencionado, temos um tomógrafo que foi entregue há um ano e não foi instalado. Máquinas de raio-x das UPAs de Luziânia e Jardim Ingá ficaram quebradas por mais de cinco meses. Precisamos mudar a situação da nossa saúde. Temos condições de ter mais de 100 UBSs, porém, só temos 26. Basta cadastrar os profissionais dessas unidades no Ministério da Saúde, que o recurso entra. Ou seja, dinheiro tem, falta gestão e buscar uma melhora para a nossa cidade.

Como o senhor enxerga o “tarifa zero” em Luziânia e o transporte público de quem vem para o DF?
O programa, em si, é bom, mas precisa ser consertado. Não se faz um “tarifa zero”, sem licitação. Vamos fazer isso, no meu governo, cobrando da empresa que tenha mais linhas, mais veículos, que os ônibus estejam com câmeras de segurança, dando mais segurança aos cidadãos. Quanto a vinda a Brasília, é uma luta muito grande. Vamos contar com toda a nossa bancada, para melhorar esse trânsito.

O senhor foi secretário de Agricultura e de Obras. O que pretende fazer agora, que não conseguiu naquela época?
Como secretário, infelizmente, não tive o “poder da caneta” em muitas oportunidades. Naquela época, vi muitas coisas que precisam melhorar em Luziânia. Temos uma praça, no centro da cidade, que está parada há anos. Como secretário de Obras, tentei fazer alguma coisa, mas não pude. Não podemos ver a nossa cidade se apequenar.

O senhor assina Roriz no seu nome. Até que ponto existe a conexão da família Roriz na sua candidatura?
Tem a conexão da admiração. Roriz foi um gestor que sabe ser tocador, entender as maiores necessidades do povo e fazer obras pensando em 20 anos à frente. Isso tudo é o que também me motivou a ser candidato a prefeito.

Em relação à inclusão social, como a prefeitura pode ser mais atuante nesse setor?
Quando a gente fala em organizar Luziânia e melhorar o Plano Diretor da cidade, estamos falando de inclusão. Está faltando, por exemplo, mobilidade para quem mais precisa. No nível escolar, é preciso visitar as mães, para saber as necessidades dos filhos e trazer, para dentro da gestão, essa dor.

O senhor é do PL. Até que ponto está sendo influenciado pela imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro?
Os princípios que carrego são muitos ligados a isso. Sou casado, tenho seis filhos, sou cristão e carrego o princípio da família. O ex-presidente resgatou um pouco disso. Nesse sentido, a gente tem essa conexão. Trago a força de uma pessoa que quer ver o Brasil melhor e a ‘pátria’ que eu defendo é o município onde moro, por isso, quero ver ele se desenvolver com mais transparência e integridade.

Considerações finais
Transparência é algo importante e estamos entre as 15 piores cidades nesse quesito, de acordo com Tribunal de Contas da União. Isso é muito impactante e precisa ser mudado. Venho pedir o seu voto, pois quero dar essa transparência, fazendo que todo o imposto pago volte em benefícios, principalmente para quem mais precisa. A desigualdade social tem que diminuir em Luziânia. Precisamos fazer uma cidade mais amorosa e aconchegante.

Marcus Vinícius (MDB)

Quem é, de onde veio e qual a sua relação com a política de Valparaíso de Goiás?
Cheguei em Valparaíso de Goiás com 2 anos de idade. Sou casado e pai de três filhos. Fui vereador e secretário de Governo, onde conduzimos o enfrentamento à pandemia, levando medicamento, vacina, teste e ajudando o comércio a se restabelecer. Por último, estive como secretário de Infraestrutura, liderando as maiores obras da região, que resolveram problemas antigos da cidade.

Valparaíso está entre as 130 cidades mais violentas do país. Qual a sua proposta para mudar isso?
Valparaíso de Goiás já foi a cidade mais perigosa do planeta. Agora, temos índices que precisam ser mudados, mas com ações dos governos estadual e municipal, fizemos com que o município aparecesse no Atlas como uma das 10 cidades do estado de Goiás e uma das 15 cidades do Centro-Oeste com o menor índice de violência. Isso aconteceu porque foi criada a Guarda Civil Municipal, foi implementado o vídeo-monitoramento, com 21 câmeras de segurança e fortalecendo o banco de horas. Podem ter certeza que, caso eleito, no meu primeiro ano de mandato, teremos concurso público para a Guarda Civil Municipal, fazendo com que a gente consiga incorporar a guarda.

Deixe um comentário

Deixe um comentário