Os portugueses voltam às urnas neste domingo (18) em um cenário de desilusão e desconfiança. Esta é a segunda vez em menos de um ano que os eleitores são convocados para eleições legislativas, marcando a terceira votação em três anos, desde 2022. A Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) de Portugal informou que 10,8 milhões de eleitores estão aptos a votar, mas o desânimo é palpável. Serão eleitos 230 deputados em 22 círculos eleitorais, incluindo Portugal continental, Açores, Madeira, Europa e Fora da Europa.
Com 21 forças políticas concorrendo, três a mais que na última eleição, a fragmentação política só aumenta a instabilidade. O novo Partido Liberal Social (PLS) entra na disputa, juntando-se a partidos como AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM. A multiplicidade de opções reflete a falta de consenso e a crescente polarização.
O colapso do governo minoritário de centro-direita, após apenas 11 meses no poder, foi o estopim para esta eleição antecipada. Em março, o parlamento rejeitou uma moção de confiança no governo de Luis Montenegro por 142 votos a 88, sem abstenções, após acusações de conflito de interesses com uma empresa de consultoria fundada por ele e agora gerida por seus filhos. Este cenário de desconfiança e instabilidade política deixa os eleitores portugueses em um estado de constante incerteza.
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