O Rio São Francisco, conhecido como Velho Chico, está prestes a ser transformado em uma hidrovia para transporte de cargas, um projeto que pode trazer consequências desastrosas para o meio ambiente. A iniciativa, que prevê movimentar cinco milhões de toneladas, vai desde Pirapora-MG até Juazeiro-BA e Petrolina-PE, passando por diversos estados e impactando 505 municípios.
O governo federal, liderado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, parece ignorar os riscos ambientais, focando apenas no desenvolvimento econômico. A delegação das obras à Companhia das Docas do Estado da Bahia em junho deste ano é um passo que muitos ambientalistas temem que seja irreversível.
A hidrovia, dividida em três etapas, não apenas ameaça a biodiversidade do rio, mas também pode prejudicar a vida de mais de 11,4 milhões de pessoas que dependem do rio para suas atividades diárias. A conexão com portos como Aratu-Candeias e Ilhéus pode intensificar a poluição e a degradação do ecossistema, além de aumentar o risco de acidentes com cargas perigosas.
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