A compra de roupas de “segunda mão” aumenta no Brasil, assim como o número de lojas que trabalham com esses produtos. De acordo com pesquisa divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), em 2023, o Brasil possuía 118.778 brechós em pleno funcionamento.
Mas esse número pode ser ainda maior. Muitos brechós, considerados “caseiros”, são montados nas varandas ou garagens de casas em algumas datas.
Na busca por roupas mais baratas e exclusivas, as novas gerações são as que mais movimentam esse tipo de comércio. A empreendedora Rafaela Fernandes, de Brasília, diz que investir na moda circular é uma nova cultura que ganha força do Distrito Federal.
No caminho oposto ao do mercado da moda que se baseava no estímulo à renovação constante do guarda-roupa, esse “novo jeito de se vestir” une preocupação socioambiental com o uso prolongado das roupas.
O que é moda circular❓
A moda circular é baseada na economia circular, e privilegia a consciência e a sustentabilidade. A principal proposta desse modelo econômico está ligada à redução do desperdício de materiais, poluição e resíduos tóxicos, além de estimular o aumento do tempo de uso de produtos e materiais.
De acordo com o Sebrae, práticas sustentáveis já estão inseridas no cotidiano de alguns negócios da cadeia da moda, que começam a rever seus processos produtivos e o ciclo de vida dos produtos comercializados.
- Recuperar materiais;
- Garantir o retorno de materiais biológicos benignos à terra;
- Regenerar ou preservar minimamente a natureza e os sistemas vivos;
- Promover políticas públicas que acelerem mudanças.
- A indústria da moda é a segunda maior poluente do mundo, segundo dados da Agência Brasil, atrás apenas da petrolífera. Nos últimos anos, mais de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis já foram descartados, de acordo com o levantamento da Global Fashion Agenda.