A prisão e o indiciamento do delegado da Polícia Civil (PCDF) Mikhail Rocha e Menezes, 46 anos, trazem questões que atravessam a esfera penal e ilustram os impactos legais e emocionais vivenciados pelas três vítimas do atirador — incluindo a enfermeira e a empregada doméstica, baleadas em pleno exercício de suas profissões.
Temas como punições administrativas, indenizações, concessão de auxílio-doença ou até mesmo a aposentadoria compulsória pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são pontos a serem analisados pela Justiça no andamento do processo. O Correio ouviu especialistas para detalhar as próximas etapas judiciais, que poderão ser decisivas tanto para as vítimas quanto para o acusado.
Mikhail responde por três tentativas de feminicídio com a qualificadora prevista no inciso VII do Art. 121, que prevê agravante de pena para crimes cometidos na presença de um menor de idade, no caso o filho dele, de 7 anos. O inquérito segue aberto na Corregedoria da PCDF e o delegado permanece internado na ala psiquiátrica do Hospital de Base. Mesmo com a reclusão, o juiz do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC) determinou a prisão preventiva do policial. Após a finalização do inquérito, caberá ao Ministério Público (MPDFT) a análise e a decisão pelo oferecimento ou não da denúncia.
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