Até o final de 2024, o número de pessoas deslocadas à força no mundo atingiu um alarmante total de 123,2 milhões, um aumento de 7 milhões em relação ao ano anterior. Esse crescimento é resultado de perseguição, conflitos, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbaram gravemente a ordem pública.
Os sudaneses, sírios, afegãos e ucranianos compõem mais de um terço desse total, com números assustadores de 14,3 milhões, 13,5 milhões, 10,3 milhões e 8,8 milhões, respectivamente. Esses dados foram divulgados pelo Acnur em seu relatório “Tendências Globais: Deslocamento Forçado em 2024”, revelando uma crise humanitária sem precedentes.
Países de baixa e média renda, que já enfrentam desafios econômicos, acolhem 73% dos refugiados, com os menos desenvolvidos abrigando 23% desse total. Além disso, 67% dos deslocados vivem em países vizinhos aos seus de origem, aumentando a pressão sobre regiões já vulneráveis.
O Líbano lidera a lista de países que acolhem refugiados proporcionalmente à sua população, com um em cada oito habitantes sendo refugiado. Aruba, Chade, Curaçao e Jordânia seguem, mostrando a sobrecarga dessas nações. Os Estados Unidos, com 729,1 mil novos pedidos de refúgio, lideram em número absoluto, seguido por Egito, Alemanha, Canadá e Espanha. Crianças representam 40% dos deslocados, um número que evidencia a tragédia humanitária em curso.
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