A motivação da morte de João Miguel da Silva Souza, de 10 anos, foi o furto de um cavalo, segundo depoimento dos suspeitos do crime à Polícia Civil. O corpo da criança foi encontrado cerca de duas semanas após o seu desaparecimento, dentro de um buraco em uma área de mata no Guará, no Distrito Federal.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Bruna Eiras, da 8ª Delegacia de Polícia, um carroceiro de 19 anos foi preso e disse que a namorada, uma adolescente de 16 anos, executou o menino. O homem contou que ajudou a amarrar e jogar a vítima em uma fossa, ainda segundo a delegada .
João Miguel foi encontrado no dia 13 de setembro. Ele estava enrolado em um cobertor, dentro de um buraco com aproximadamente 2 metros de profundidade, com a cabeça para baixo e as mãos amarradas. João Miguel foi visto pela última vez no dia 30 de agosto no Setor de Chácaras Lúcio Costa, perto do Setor de Inflamáveis
Nas imagens, o menino aparecia andando sozinho pela rua, que estava movimentada. Depois disso, ele não foi mais visto, e a família procurou a polícia. Rafaela Santos, tia de João Miguel, conta que o menino tinha ido até um mercado, de bicicleta. Segundo ela, a criança estava acostumada a ir sozinha até o local.
Vítima frequentava casa dos autores
Segundo a delegada Bruna Eira, João Miguel frequentava a casa dos autores do crime para vender itens que encontrava no lixão. Segundo as investigações, os suspeitos teriam criado inimizade com a criança por causa de pequenos furtos que o menino supostamente cometia.
Ainda conforme as investigações, o crime foi premeditado pela namorada do carroceiro, uma menina de 16 anos, com a ajuda do irmão do namorado, também de 16 anos. Um menino de 13 anos, também irmão do carroceiro, também teria ajudado na ocultação do corpo de João Miguel.
De acordo com a polícia, João Miguel foi para a casa dos suspeitos para fumar Narguilé. Eles teriam aproveitado um momento de distração do menino para asfixiá-lo.
Os menores de idade devem responder pelos atos infracionais análogos a homicídio e ocultação de cadáver. Já o carroceiro está preso e pode pegar até 15 anos de prisão por ocultação de cadáver e corrupção de menores.