Os portugueses voltam às urnas neste domingo (18) para eleger um novo parlamento, em um cenário de crescente desilusão com a política nacional. Esta é a segunda eleição desde março de 2024 e a terceira em três anos, sinalizando uma instabilidade política que preocupa a população. Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) de Portugal, 10,8 milhões de eleitores estão aptos a votar, mas a participação pode ser baixa devido ao cansaço eleitoral.
Serão eleitos 230 deputados em 22 círculos eleitorais, com 21 forças políticas concorrendo, incluindo o estreante Partido Liberal Social (PLS). A multiplicidade de partidos reflete a fragmentação política e a dificuldade em formar um governo estável. A eleição antecipada foi provocada pelo colapso do governo minoritário de centro-direita, que durou apenas 11 meses, após o parlamento rejeitar uma moção de confiança.
O primeiro-ministro Luis Montenegro enfrenta críticas severas após a votação de 142 contra 88, com acusações de conflito de interesses envolvendo sua antiga empresa de consultoria, agora gerida por seus filhos. Este clima de desconfiança e corrupção potencial mina ainda mais a confiança dos eleitores na classe política, aumentando o descontentamento e a apatia entre os cidadãos portugueses.
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