Cercado por amigos e familiares, o corpo do delegado aposentado Luiz Ricardo e Silva, de 57 anos, foi velado neste domingo (8/9), no Cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga. O momento de despedida teve início às 13h30 e se encerrou às 15h30, quando o corpo foi levado para ser cremado na cidade de Valparaíso de Goiás (GO).
O servidor público foi encontrado sem vida na última sexta-feira, na residência dele, em Vicente Pires. Ele foi assassinado enquanto dormia, com três tiros na cabeça. O autor confesso do crime é o garçom Kayky Bastos Ferreira, 20, que permanece preso.
A mãe do delegado, de 83 anos, não teve condições psicológicas de comparecer ao velório do filho. O irmão, Geraldo Magela e Silva, 61, relata que a família está devastada. “Todos gostavam dele. Era um homem feliz e alegre que iluminava o ambiente por onde passava. Minha mãe ainda está em choque”, disse, emocionado.
O filho, Kahl da Costa Mota, 41, descreve o pai como uma pessoa carinhosa e sempre preocupada com os outros. “Estou pensativo porque ele amava viver e sempre gostou de viajar. A lição que fica para mim é aproveitar a vida e o presente. Ele sempre foi um pai afetuoso e vou sentir falta de poder pegar o telefone e saber a quem recorrer em busca de um conselho”, conta.
A cerimônia foi marcada por palmas em homenagem a Luiz Ricardo e por um momento de comunhão, durante o qual todos, de mãos dadas, rezaram um Pai Nosso e desejaram que o delegado estivesse em um bom lugar.
Entenda o caso
O ex-delegado Luiz Ricardo e Silva, de 58 anos, foi assassinado com três tiros na cabeça enquanto dormia, na noite de quinta-feira (05/09) para a manhã de sexta-feira (06/09). No mesmo dia, o suspeito do crime foi identificado, preso e admitiu sua culpa. O acusado é Kayky Bastos Ferreira, de 20 anos. De acordo com familiares do ex-delegado, Kayky, que trabalhava como garçom no Gama, e Luiz se conheciam havia cerca de um mês. Na tarde de quinta-feira, ambos saíram para tomar açaí em Taguatinga com alguns amigos. Após o encontro, Kayky e Luiz passaram a noite na residência do delegado em Vicente Pires, um local que Luiz usava como espaço de lazer, pois residia com a mãe, em Taguatinga.
As suspeitas surgiram quando a mãe do delegado aposentado estranhou a ausência do filho, que costumava aparecer no almoço para preparar comida para a família, mesmo quando dormia fora. Preocupada, a idosa de 83 anos ligou para o filho de Luiz e expressou sua inquietação. O rapaz foi até a casa do pai, mas ninguém atendeu o portão. Ele notou que o carro não estava na garagem e decidiu entrar. No quarto, encontrou o corpo de Luiz em cima da cama.