sexta-feira , 20 setembro 2024
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O desafio do combate à extrema pobreza no DF. Desenvolvimento social

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No Distrito Federal, um total de 153.622 pessoas estão em extrema pobreza. O dado é da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes), com base no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Segundo classificação do governo federal, a situação é de quem sobrevive com renda per capita de R$ 208 ou menos por mês.

Embora a quantidade de pessoas nessa faixa tenha diminuído nos últimos três anos no DF, é um número expressivo. O Correio foi até o assentamento Santa Luzia, na Estrutural, onde há 20 mil moradores, e conversou com pessoas que estão nessas condições. Elas contaram como é passar o dia a dia com menos do que o básico.

Especialistas ouvidos pelo Correio apontam focos e saídas para minimizar o problema da miséria em regiões localizadas na capital do país. O Governo do Distrito Federal (GDF) conta com programas como o Cartão Gás, o Cartão Prato Cheio e o DF Social, que ajudam essas famílias.

“A fome dói, a fome não espera”, diz a catadora Ana Cristina Rodrigues Silva, 43 anos. Ela mora há 10 anos no assentamento Santa Luzia e vive com uma renda mensal de R$ 150, do programa DF Social, para sustentar a si mesma e aos três filhos em idade escolar. A família conta com o Cartão Gás e o Cartão Prato Cheio. “Se não fossem as doações que recebo mensalmente, não sei como sobreviveria”, afirma. “Sou líder comunitária e distribuo doações para todos aqui na região”, acrescenta. “Nós estamos sempre lutando por melhorias. Não passo mais fome, mas vivo em uma situação muito difícil”, conclui.

Manuel Gomes dos Santos, 66, também mora no assentamento. Vivendo de bicos de pedreiro, ele mora no local há três anos com o filho de 8. “Eu morava de aluguel em outro ponto da Estrutural, mas não estava mais conseguindo pagar. A gente vive assim, na precariedade. Não tem conforto praticamente nenhum. Só quem vive em um lugar como esse sabe. Não é fácil”, lamenta. “A Ana (Cristina, líder comunitária) é nossa mãe aqui, ela que consegue doações que nos ajudam a ter alguma qualidade de vida”, complementa.

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