Uma pesquisa recente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) trouxe à tona um dado alarmante: o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode aumentar significativamente o risco de depressão persistente. Este estudo, publicado no Journal of Academy of Nutrition and Dietetics, acompanhou mais de 14 mil pessoas em seis capitais brasileiras ao longo de oito anos.
Os participantes foram divididos em grupos de acordo com a quantidade de calorias diárias provenientes de alimentos ultraprocessados. Os resultados mostraram que aqueles que consumiam mais desses produtos apresentaram um risco consideravelmente maior de desenvolver depressão ao longo do tempo.
O Que São Alimentos Ultraprocessados?
Alimentos ultraprocessados são produtos industriais que passam por várias etapas de processamento e contêm aditivos químicos, como conservantes, corantes e aromatizantes. Exemplos comuns incluem refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e refeições prontas.
Esses produtos são frequentemente pobres em nutrientes essenciais e ricos em calorias vazias, o que pode levar a deficiências nutricionais. A pesquisa sugere que essa falta de nutrientes, aliada aos aditivos artificiais, pode desencadear processos inflamatórios no corpo.