O Grupo de Repressão a crimes patrimoniais (Gepatri) de Goianésia, com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso, desmantelou um esquema sofisticado de estelionato, trazendo à tona a complexidade das fraudes eletrônicas cometidas por uma família especializada em aplicar golpes. Após meses de investigação, a Polícia Civil identificou os autores e também descobriu que marido e mulher são investigados em vários estados do país por crimes semelhantes. Segundo apurado, a família movimentou quase R$ 2 milhões em transações bancárias em um curto período de tempo.
O caso começou em 2022, quando uma vítima da cidade de Goianésia negociou a compra de gado com um suposto vendedor. Após a negociação, a vítima foi instruída a realizar duas transferências bancárias que totalizaram R$ 170 mil. Após efetuar os pagamentos, a vítima dirigiu-se à propriedade para embarcar os animais, mas foi informada de que o pagamento não havia sido efetivado e que não poderia levar o gado. Percebendo que havia sido enganada, a vítima registrou ocorrência.
A Operação Clã Criminoso representou por quebras de sigilo bancário e outras diligências investigativas. Foi constatado que a autora recebeu grande parte dos valores ilícitos, apesar de afirmar ser viúva, aposentada e de simples condição financeira. Ela possui seis veículos novos e semi-novos em seu nome, reforçando as suspeitas de sua participação ativa no esquema criminoso. A quebra de sigilo bancário aponta que o dinheiro foi fracionado em transferências para laranjas.
Uma das contas utilizadas era de uma mulher de 42 anos apontada como a principal operadora das contas bancárias envolvidas. Ela possui um histórico criminal extenso com diversos registros de estelionato em várias unidades federativas. A investigação aponta que a mãe e o filho se beneficiaram dos valores ilícitos.