Servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) e agentes da Polícia Civil (PCDF) apertaram ainda mais o cerco contra grileiros na capital federal, como o Correio divulgou no fim de semana. No domingo (9/6), foi realizada uma operação na Colônia Agrícola Sucupira (Riacho Fundo), de propriedade da Terracap, para combater a ocupação e comercialização ilegais de terrenos.
A ação foi a 40ª, nos últimos 12 meses, da Coordenação Especial de Proteção ao Meio Ambiente, à Ordem Urbanística e ao Animal (Cepema) com o objetivo de coibir parcelamentos irregulares do solo. O órgão, ligado à PCDF, frustrou, novamente, a atividade de uma quadrilha que também tem agido em Arniqueira, Colônia Agrícola Samambaia, Ponte Alta do Gama, Vicente Pires, 26 de Setembro e São Sebastião.
O trabalho da Cepema tem conseguido impedir o avanço desse grupo que seus agentes investigam. Fontes policiais informaram que, para a realização de ocupações ilegais, vários envolvidos têm cometido ilícitos como crimes ambientais, extorsão, falsificação de documentos e tentativa de assassinato.
Na recente operação Colônia Agrícola Sucupira, seis pessoas foram detidas. Uma delas foi apontada como sendo uma espécie de administradora da área que estava sendo loteada sem autorização do GDF. Se o indiciamento delas for confirmado, poderão ter de responder por diversos delitos, além da exploração ilegal do espaço, que prevê até cinco anos de prisão. Pesam contra elas, entre outras acusações, a alteração do terreno — com construções e obras de infraestrutura sem autorização — e a falsa informação de propriedade. Somadas as penas para esses casos, uma eventual condenação pode levar a até oito anos de reclusão.
Na ação, foram apreendidas ferramentas, estacas de madeira e máquinas que estavam sendo usadas para a demarcação desautorizada de lotes.