O Podcast do Correio recebeu o presidente da Federação das Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Fequaju-DFE), Robson Vilela, conhecido como Fusca. Na bancada, os jornalistas José Carlos Vieira e Mariana Saraiva conduziram um bate-papo sobre a temporada de quadrilhas juninas de 2025.
Para Fusca, o movimento junino vai muito além da competição: é uma poderosa ferramenta de transformação social. “Muitas crianças e jovens que participam não têm pai ou mãe e acabam encontrando nas quadrilhas uma forma de diálogo e apoio. É algo que vale a pena, você se doa, mas também recebe muito mais em troca. A competição é apenas um pedaço (desse movimento); tem muito mais por trás”, afirma o presidente da federação.
Como o movimento junino aquece a economia do DF?
O impacto vai desde os vendedores ambulantes até as barraquinhas de comida nas festas. Muitos dizem que essa época do ano funciona como um 13º salário, sendo essencial para pagar dívidas e garantir o sustento da família. Por trás de cada barraca e figurino, há histórias, há famílias. O movimento junino é um motor importante da economia criativa no Distrito Federal. A cadeia produtiva vai além da festa e gera empregos, como músicos, pessoas que transportam equipamentos, o comércio local etc.
Como as quadrilhas dão visibilidade às cidades do DF?
Cada grupo de quadrilha divulga sua cidade com orgulho. Por exemplo, a Si Bobiá a Gente Pimba representa Samambaia; na Ceilândia, temos a Sanfona Lascada; em Santa Maria, a Elite do Cerrado; e em Taguatinga, a Sabugo de Milho. As quadrilhas levam o nome e a cultura de suas regiões para onde forem. Em muitas cidades, moradores chegam a organizar caravanas de ônibus para torcer por suas representantes nas competições classificatórias.
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