Os policiais militares, que foram presos suspeitos de torturar um soldado do Batalhão de Choque, foram encaminhados para o presídio militar no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A prisão aconteceu na segunda-feira, 29.
A informação foi divulgada na noite de segunda-feira pela PM, de acordo com a TV Globo. As prisões são resultado do pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que solicitou 14 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão. Em nota, o órgão informou que os celulares dos militares supostamente envolvidos foram apreendidos até a conclusão das investigações, além da suspensão do curso.
Também foi determinado o afastamento do comandante do BPChoque até o encerramento das investigações e o acesso ao prontuário médico da vítima para elaboração do laudo de exame de corpo de delito.
Entendo o caso
O soldado da Polícia Militar do Distrito Federal Danilo Martins denunciou que foi agredido, humilhado e torturado por oito horas por colegas de farda para que desistisse do curso de Patrulhamento Tático Móvel do Batalhão de Choque (BPChoque). https://d-19782243103283214823.ampproject.net/2404181825000/frame.html
Como resultado das agressões, a vítima ficou internada por seis dias após assinar o termo de desistência do curso.
Em nota à imprensa, a Polícia Militar do DF disse ter aberto um inquérito para apurar o caso e informou que o tenente apontado como líder das torturas se desligou voluntariamente da coordenação. Porém, ressaltou que “não há que se falar em tortura” e negou que Danilo tenha sido forçado a assinar a desistência.