Um shopping do Distrito Federal e uma loja de produtos esportivos foram condenados a indenizar a fisioterapeuta Camylla Alvino, 34 anos, que processou as empresas após ter sido seguida por seguranças e acusada de furtar uma roupa, no fim de 2023. A juíza da 20ª Vara Cível de Brasília concluiu que a consumidora foi exposta à situação vexatória.
Conforme alegado no processo, Camylla foi ao shopping realizar compras e provar algumas roupas na loja. Quarenta minutos após sair do estabelecimento de material esportivo, foi abordada por uma funcionária e por dois seguranças do shopping. A autora relata que, ao abordá-la, a vendedora alegou que “havia ficado algumas questões pendentes” e que foram encontrados lacres rompidos no provador.
Diante da abordagem, pessoas que circulavam no shopping se aglomeraram para observar o ocorrido, causando-lhe constrangimento. A fisioterapeuta conta que, após a chegada de policiais, foi constatado que não havia nenhum produto da loja na bolsa. No processo, a autora alegou ter sofrido dano moral em razão do racismo e do constrangimento pela abordagem feita pelos funcionários.
“Questionei à gerente da loja se todos os clientes que haviam passado pelo provador tinham sido seguidos, e ela respondeu que não. Então, tive certeza de que se tratava de um caso de racismo. Precisei abrir minha bolsa para provar que não havia roubado nada”, narrou Camylla ao Correio, em agosto de 2024. À época do caso, o shopping publicou uma nota com um pedido de desculpas em suas redes sociais.
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