Um estudo alarmante publicado recentemente revela que os vidros das cidades brasileiras estão se tornando armadilhas mortais para as aves. No Brasil, foram registradas 1.452 colisões fatais de aves com estruturas de vidro, segundo pesquisa. As aves, incapazes de distinguir o vidro, acabam se chocando contra ele, resultando em mortes imediatas ou ferimentos graves.
A pesquisa, conduzida por Augusto João Piratelli, Bianca Ribeiro e Ian MacGregor-Fors, aponta que espécies ameaçadas de extinção, como o gavião-pombo-pequeno, a cigarrinha-do-sul e a saíra-pintor, estão entre as vítimas. A cidade de São Paulo sozinha registrou 629 colisões, mostrando que o problema é grave e generalizado.
Flávia Guimarães Chaves, colaboradora do estudo, alertou que as políticas públicas e normas de construção precisam ser urgentemente revistas para proteger a biodiversidade urbana. A falta de ação pode levar à extinção de espécies já em risco, tornando as cidades ainda mais hostis para a fauna local.
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