A Marcha Global a Gaza, que deveria ocorrer no último domingo, foi brutalmente interrompida pelas autoridades egípcias, impedindo milhares de manifestantes de alcançar a fronteira com Gaza. Além disso, um comboio vindo do Norte da África foi bloqueado por milícias no leste da Líbia, mostrando um cenário de repressão generalizada.
Lideranças da marcha foram detidas e deportadas do Cairo, em uma clara tentativa de sufocar o protesto. A organização da marcha denunciou a detenção ilegal de dois coordenadores internacionais, que foram processados para deportação, evidenciando a falta de liberdade de expressão e movimento.
A brasileira Adriana Machado, do Partido da Causa Operária (PCO), relatou que muitos ativistas ainda estão desaparecidos após serem bloqueados no posto de checagem. A repressão foi tão intensa que até mesmo ir a um restaurante se tornou um ato de risco, com policiais armados interrogando motoristas e ameaçando prisão.
A situação se agrava com a influência de Israel, que pressionou o Egito a impedir a marcha, resultando na deportação de ao menos 200 pessoas. As milícias de Khalifa Haftar, apoiadas por Israel e Emirados Árabes Unidos, também contribuíram para a repressão, detendo membros do comboio Sumood, mostrando um cenário de colaboração internacional contra os manifestantes.
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